O jabuti chegou ao oco de uma árvore; pôs-se a tocar a sua gaita.
O caipora ouviu e disse:
— Ninguém pode ser senão o jabuti. Eu vou apanhá-lo.
Chegou à boca da toca da árvore. O Jabuti tocou na frauta:
Li, ri, li, ri...
Lé, ré, lé, ré...
O caipora chamou:
— Ó Jabuti!
O Jabuti respondeu:
— Oi!
— Vem, jabuti! Vamos ver quem tem mais força!
O jabuti respondeu:
— Vamos ver, como tu quiseres!
O caipora foi ao mato, cortou um cipó, trouxe o cipó à beira do rio, e disse ao jabuti:
— Experimentemos, jabuti! Tu na água, eu em terra.
O jabuti disse:
— Pois bem, caipora!
O jabuti saltou na água com a corda, e foi amarrar a corda na cauda de uma baleia.
O jabuti voltou para terra, e escondeu-se debaixo do mato. O caipora puxou a corda. A baleia fez força, arrastou o caipora pelo pescoço até a água. O caipora fez força para puxar o rabo da baleia para terra. A baleia fez força e puxou o caipora pelo pescoço até a água.
O jabuti debaixo do mato estava vendo todo, e riu-se.
Quando já o caipora estava cansado, disse:
— Basta, jabuti.
O jabuti riu-se, saltou à água, foi desatar a corda da cauda da baleia. O caipora puxou a corda com ele. O Jabuti chegou à terra.
O caipora perguntou-lhe:
— Tu estás bem cansado, jabuti?
O Jabuti respondeu:
— Não! Não suei nada!
O caipora disse:
— Agora, com certeza, jabuti, sei que tu és
mais valente do que eu! Vou-me embora.
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