ESOPO E O MAL CRIADO
Esopo ia passando por uma rua. Um rapaz mal criado quis entender
com ele, e lhe jogou uma pedrada. Sem responder-lhe, Esopo mete a mão no bolso,
e tirando uma moeda, lhe diz: “Camaradinha! admiro a vossa destreza e a vossa
graça Tão belo talento deve ser animado e sinto que a fortuna não me
favorecesse com seus dons, pois muito por vós faria. Entretanto tomai esta
moeda, e desculpai-me. Felizmente ali vem um sujeito que é rico; mostrai-lhe a
vossa graça, e há de vos ele dignamente retribuir”. O imprudente rapazola
fiando-se no conselho, apanhou uma pedra, e atirou-a às pernas do homem
poderoso e rico que se vinha aproximando. Este porém vendo-se insultado, mandou
pôr seus pagens dar uma boa sova de pau no insolente.
MORAL DA HISTÓRIA: Quando sofreres uma insolência, não te aflijas por não poderes castigá-la; dia virá em que o insolente a outro se dirija, e então tudo pagará.
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Ano de
publicação: 1852.
Origem:
Brasil (imitadas de Esopo e La Fontaine)
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